domingo, 20 de fevereiro de 2011

Andando na Paulista...

Andando na Paulista
Descobri que sou caipira
Que minhas rimas são pobres
E que o povo é pobre
Minha alma é pequena
Perto de prédios gigantes
Um sonho diminuído
Diluído na fumaça que cai
E que sai dos carros
Dos cigarros
E dos homens raros que
Gostam de arte!
A la carte
Numa cidade de horrores
De prantos escondidos
De homens caídos
É essencial saber que
A arte não é flor que se cheire
Nem prato que se coma
Por um homem em coma
Não procure a arte dentro de si
Ela está na Avenida Paulista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário