domingo, 16 de outubro de 2011

A verdade

Com tantas verdades por aí
Uma delas tem que ser mentira
A verdade é uma só
E liberta?
Ou seria a mentira que liberta?
Não importa
A verdade ou mentira
Não passa de um modo de ver as coisas
De fugir da verdade do outro
E de fugir das nossas mentiras.


Corra!

Café expresso!
Fast food!
Just-in-time!
Agora!
Hora do Rush!
Pausa para o coffee-break!
Tirinhas!
Manchetes!
Vedetes!
Façam boquetes! (rapidamente).
Drive-in!
Freak out!
Prazos!
Comprei!
Descartei!
Acelerei!
Pare!
Não parei...
Bati!
Morri!
Me enterraram rápido pra não feder...





Não vi

Não vi a última hora e não vi os meses passarem
Não vi você chegar e não vi você ir
Não vi quem queria ver e não vi a luz do sol
Não vi o sol se pôr e tampouco vi a mim mesmo
Sou um cego com olhos presos na escuridão
No buraco negro egocêntrico do eu mesmo da solidão

Ter

Ter milhões de amigos
e não ter um em quem confiar
Ter milhões de reais
e não ter uma gota de suor pra contar
Ter milhões de carros
e não poder ir onde quer
Ter milhões de cursos
e não saber amar
Ter milhões e milhões
e não ter nada e nada.

sábado, 1 de outubro de 2011

Os cavaleiros do apocalipse

Os cavaleiros do apocalipse chegaram em seus cavalos flamejantes
Olharam pela face da terra e viram guerra, fome e peste
Ficaram confusos e decidiram procurar um novo emprego