Eu sou mais do que uma profissão
Eu sou mais que o meu holerite
Eu não sou mais que o outro
Mas eu sou mais do que eu
Eu sou mais que um partido
Eu sou mais reparti(n)do
Eu sou mais que um pedaço de carne
Mas eu ainda sou um pedaço de carne
Eu sou mais do que o meu sexo
Eu sou mais meu caráter
Eu sou mais que um espírito
Eu sou muitos espíritos
Eu sou mais que uma religião
E quem sabe seja até ateu
Eu sou templo
Mas quero mais ser abrigo
Eu sou mais futuro
Mas queria ser mais presente
Eu sou filho
E serei pai
Eu sou neto
E serei avô
Eu estou vivo
E pode ser que morra amanhã
Eu queria estar certo sempre
Mas erro e sou meu erro
Eu sou tantas coisas
E sou tão pequeno
Eu sou quem eu xingo e ojerizo
Antes mesmo de amar
Eu sou mais do que emotivo
Racionalmente falando
E sou mais do que totalmente velho
Apesar da cútis
Eu sou o que bebo, como, fumo, injeto, cheiro
Mas eu também sou o que falo
Às vezes, eu não queria ser eu
Eu sou a única pessoa que queria ser
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
domingo, 10 de novembro de 2013
Hoje acordei querendo ser mais do que sou
Querendo ser mais do que já fui
E talvez mais do que serei
Tive medo, por um instante, de ter medo
E de deixar o coração pular da boca
Quis chorar como se não houvesse amanhã
Quis chorar para o peito parar de palpitar
Quis chorar pra não precisar lutar
Mas não quis chorar
É covardia chorar
Prefiro lutar pelos dias que virão
Mesmo que pareça em vão
Mas hoje, só por hoje, deixo a espada no chão
Querendo ser mais do que já fui
E talvez mais do que serei
Tive medo, por um instante, de ter medo
E de deixar o coração pular da boca
Quis chorar como se não houvesse amanhã
Quis chorar para o peito parar de palpitar
Quis chorar pra não precisar lutar
Mas não quis chorar
É covardia chorar
Prefiro lutar pelos dias que virão
Mesmo que pareça em vão
Mas hoje, só por hoje, deixo a espada no chão
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Caveiras
Quando o relógio bate as sete
Todas as caveiras pegam o frete
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as oito
Todas as caveiras batem o ponto
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as nove
Todas as caveiras tomam Engov
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as dez
Todas as caveiras desenvolvem stress
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as onze
Todas as caveiras se escondem
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as doze
Todas as caveiras comem arroz
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate a uma
Todas as caveiras voltam a tumba
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as duas
Todas as caveiras trabalham assíduas
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as três
Todas as caveiras estão em morbidez
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as quatro
Todas as caveiras fazem gato
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as cinco
Todas as caveiras fogem do cinto
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
Quando o relógio bate as seis
Todas as caveiras pagam as contas do mês
(Trampo e mais trampo vai chegar, trampo e mais trampo vai chegar)
sábado, 22 de setembro de 2012
Discurso
-Proceder com a procrastinação
-Alimentar a alienação
-Alimentar a alienação
-Mediar o medo
-Discernir a discórdia
-Semear a sede
-Fomentar a fome
-Prometer a pobreza
-Lutar contra a liberdade
-Asfalto para todos
-Dignidade para poucos
-Discernir a discórdia
-Semear a sede
-Fomentar a fome
-Prometer a pobreza
-Lutar contra a liberdade
-Asfalto para todos
-Dignidade para poucos
Poder relativo
O poder relativo
Das relações hierárquicas
Me coage a pronunciar
Uma veracidade que entristece:
"O de cima sobe
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Mô, No Cromia.
Onde estão as cores de outrora
Aquele Laranja da aurora
O Azul Anil que fugiu do céu
O Vermelho da amora?
As bandeiras coloridas das festas juninas
O riso Róseo das bocas alegres e carnudas das meninas
Os olhos Castanhos que brilhavam
O Rosa Gozado das Goiabas nascendo acima
dO Verde das gramíneas debaixo do sol Amarelo Amarelado.
Foi-se embora
Foi-se assim como tantas outras coisas
Há uns minutos atrás na cor da juventude
Agora
O mundo adulto está sendo impresso no preto e no branco
A tinta colorida está cara demais.
Está tudo caro demais
A única cor que rege o mundo é o Verde
o Verde das Verdinhas
o Verde das Verdinhas
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