segunda-feira, 12 de abril de 2010

Jogo do Eu nunca...

Nunca fui o mais amado nem o mais temido
Nunca fui aquele que tinha todas as garotas aos pés
E nem fui aquele que soube amar o que tinha

Nunca fui o homem que nunca chorou
Ou que nunca errou
Ou que nunca amou

Nunca fui o homem que meu pai esperava que eu fosse
Nunca consegui fazer rimas legais
Nem consegui chegar aonde queria

Nunca tive auto-estima, e estimo também
Que nunca aprendi a deixar pra lá o ciúmes
O medo, a inveja, a incompreensão

Mas pelo menos nunca deixei de tentar...

domingo, 11 de abril de 2010

Os mesmos erros de ontem

Hoje sinto tristeza
Lendo a carta de outrora
Que dizia que o amor eterno
Era eterno a qualquer hora

Erros que se repetem
Num ciclo de um circo bizarro
De homens e mulheres quebrados
De coisas num círculo de barro

Os mesmos erros de ontem
Serão os mesmos erros de amanhã
Dessa vez apenas prometo
Que não vou acertar

Pelo menos, quando o erro irromper
Eu irei lembrar que
Por algum propósito cruel
Eu errei, mas foi de propósito...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A la carte

Sentimos muito
Mas hoje
Sentir está fora do cardápio
Ao invés disso
Não gostarias de levar um ressentimento?
Ou talvez um pressentimento
De que as coisas estão indo para o buraco?
Se quiser a especialidade da casa
Podemos providenciar
É um coração de porco
Envolto em ganância
E salpicado com rodelas de nada
Caríssimas
(Sinto dizer, mas estou sem dinheiro.)